A eleição presidencial do Irã na sexta-feira decidirá não apenas quem lidera um país cada vez mais antagonista ao Ocidente, mas também ajudará a moldar os planos de sucessão para o próximo líder supremo e indicará se os iranianos estão desistindo de seu sistema de governança islâmica.
A eleição coloca um candidato reformista liderando nas pesquisas, Masoud Pezeshkian, que favorece o reengajamento com o Ocidente, contra vários linha-dura que querem aprofundar os relacionamentos do Irã com a Rússia e a China, fortalecer sua aliança com milícias anti-Israel e avançar com seu programa nuclear. Não há um favorito claro, e haveria um segundo turno entre os dois candidatos mais votados se ninguém obtiver a maioria.
A eleição foi desencadeada pela morte do presidente Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero no mês passado. Raisi, um clérigo linha-dura em seu primeiro mandato, era visto como um candidato a sucessor do Líder Supremo Aiatolá Ali Khamenei, que tem 85 anos e está com a saúde debilitada. Embora ninguém fora de um pequeno círculo no Irã tenha conhecimento das conversas de sucessão, analistas do Irã disseram que a morte de Raisi removeu uma escolha segura.
A eleição está acontecendo em um momento crítico para o Irã. Está sob intensa escrutínio internacional por seu programa nuclear, que diz ser pacífico, e seu apoio militar à Rússia na guerra contra a Ucrânia. Quase entrou em guerra com Israel em abril, quando os dois países se atacaram em seus territórios pela primeira vez.
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